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Mostrando postagens de 2007

Música nova!

O coração de Jesus Um coração mais humano feito de carne e suor que vê no outro a face de Deus é o clamor do universo Um coração mais modesto que não almeja poder e vê nos gestos a graça de Deus é o que deseja minha alma A exemplo de Cristo, o Homem – Deus que viveu entre nós e amou percebeu o esquecido e triste do indivíduo foi sempre a favor Não usou seu poder pra se promover foi movido por tal compaixão que entregou sua vida por todos sem fazer nenhuma distinção O coração de Jesus o carpinteiro de Nazaré pode me tornar mais sensível e orientar minha fé

Entre a palavra e o espírito

Ah que vontade que dá De expor em rima, cor e som O que diz a alma em silêncio E reverbera ensurdecedor Mas ignorado e engasgado Ah que vontade que dá De perceber a rima, a cor e o som De um dizer outro Para um jeito novo de ouvir Que acolhe terno e grato Ah que vontade que dá De abstrair a rima, a cor e o som Voar com a imaginação Suspender-me em fé E pousar em Deus

A vida eterna começa aqui e agora.

Certa vez um jovem rico, religioso, moralmente correto, dono de muitas propriedades perguntou a Jesus: “que farei de bom para alcançar a vida eterna?”. A resposta de Jesus me fez pensar que a pergunta do jovem teria sido uma pergunta sem sentido; uma pergunta fora de lugar. “Por que me perguntas acerca do que é bom. Bom só existe um. Mas se queres entrar na Vida...” Ou seja: uma boa ação que garanta favores celestiais é impensável; um ser humano muito bom para se bastar inexiste. A pergunta que o jovem faz é absurda, mas a resposta de Cristo pode lhe socorrer de uma vida religiosa, gnóstica, avarenta e escapista. “’Mas se queres entrar na Vida... ’ se é a respeito, jovem, do engajamento na Vida, de uma participação responsável no Viver, nós podemos conversar.” A questão não é alcançar a vida eterna, a questão é entrar na Vida. (“Aliás, que tal entrar na Vida não possuindo? Que tal me seguir mais leve? Venda suas propriedades e dê aos pobres!”). “Alcançar a vida eterna” como se a vida

A letra mata... 2 ou sobre a importância da imaginação na leitura bíblica (texto de Eugene Peterson)

O evangelho de João fala sobre Jesus Cristo: a “Palavra tornou-se carne”. A narrativa insiste e demonstra que a “palavra” não é uma abstração filosófica, nem tinta sobre pergaminho, mas, sim, uma ocorrência histórica. A Epístola de João também enfatiza a palavra física, sensorial e histórica: “... o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam – isto proclamamos a respeito da Palavra da vida” (1 Jo 1.1). A palavra de Deus foi pronunciada antes de ser escrita. Pessoas viram, tocaram e ouviram Jesus antes de escrever sobre Ele. O que caracteriza a “palavra de Deus”, acima de qualquer outra coisa, é ser falada, ter uma criatividade viva e dinâmica. A palavra de Deus escrita (scriptura) é maravilhosa, mas é também uma bênção que traz vantagens e desvantagens. Vantagens porque cada nova geração de cristãos tem acesso ao fato de que Deus fala, conhece a maneira como Ele se expressa e os resultados decorrentes dessa manifestação. A desvantagem es

A letra mata... (um texto de Rubem Alves)

Um texto são palavras mobilizadas no papel pela química da tinta. Quando elas apareceram pela primeira vez, seu estado não era esse: mais se pareciam com pássaros selvagens, batendo as asas... O professor [teólogo-cientista] armou suas arapucas, pegou os pássaros, selecionou os que lhe interessavam e engaiolou-os com papel e tinta. Pobres palavras... Perderam a liberdade. Agora estão congeladas no tempo e no espaço. Mas depois, quando o professor [teólogo-cientista] se puser a lê-las, será a sua vez de perder a liberdade. Agora, sob o comando das palavras escritas, ele será obrigado a dizer aquilo a que elas o obrigam. A química prende as palavras no papel. Mas, no momento da leitura, a física da luz faz que elas voem do papel para os olhos, dos olhos, para a morada dos pensamentos, e daí para a boca. E o “lente” as transforma em sons. Ele as diz. Se, por acaso, pássaros diferentes passam batendo as asas, ele faz de conta que não os vê. Se ele se sente tentado a voar com eles, o texto

GRAÇA: FLUIR NATURAL DO AMOR DE DEUS

A Graça de Deus está para além de todas as categorias que possamos formatar. Não cabe em nossa lógica e toda palavra que possamos usar para ela corre o risco de fazê-la menor. É incondicional: não escolhe patente, sexo, condições sócio-econômicas, cor, grau de piedade, credo ou idade. Ela é porque Deus é! Deus não sabe ser de outra maneira senão gracioso; graça é a própria essência do caráter de Deus – e Deus não se anula. Concordo com Phillip Yancey quando ele diz que “graça significa que não há nada que eu possa fazer que diminua ou aumente o amor de Deus por mim”, pois amor é escolha, e Deus já escolheu me amar quando ainda eu era seu inimigo. Mais ainda: antes de me criar Ele me amou, e para isso me criou. Segundo C.S. Lewis o propósito mais nobre e primeiro para o qual o homem foi criado é para ser recipiente do amor do Criador, e não, como pensam alguns, para amar o Criador. Um Deus que se ocupasse em criar um ser para amá-lo seria pequeno, egoísta e incompleto. Deus não necessit

O Reino dos céus está entre nós

Interrogado pelos fariseus sobre quando chegaria o Reino de Deus, respondeu-lhes: “A vinda do Reino de Deus não é observável. Não se poderá dizer; ‘Ei-lo aqui! Ei-lo ali! ’, pois eis que o Reino de Deus está no meio de vós” (Lc 17.20,21). O Reino dos céus não é simplesmente um lugar geográfico, metafísico para além da terra; ele está aqui! Ele está entre nós! O Reino dos céus está no comércio do João, No consultório da Maria, na banca da Zezé. É a Francisca fazendo bolo É a Neide servindo café O Reino está na clínica do Antônio Nas vendas do Miguel, No pescado de José... O Reino dos céus não é religioso, institucional, domesticável, ele está espalhado por toda a terra. O Reino dos céus se move de muitas formas, para todos os lados, espalhando seus valores e sinalizações. Mas para enxergar o Reino é necessário ter outros olhos (“o essencial é invisível aos olhos”). É preciso ter de volta os sentidos que uma sociedade corrompida nos tirou. É preciso exercitar novamente o toque (o abraço

Sobre a Trindade - Leonardo Boff

A teologia restringiu-se, normalmente, à reflexão formal sobre o mistério da comunhão trinitária. Procurava-se penetrar racionalmente no sol ofuscador que é a própria essência do Deus trino. No termo desta diligência está o silêncio respeitoso. Toda falta que ultrapassar as barreiras da percepção do mistério se transforma em tagarelice e gera o sentimento de profanação do Sacrossanto. Assim é a situação humana quando confrontada com a Trindade imanente. Se não podemos nem devemos falar; podemos, entretanto, cantar e louvar. Cesse a razão, ganhe asas a imaginação. Foi assim que fizeram os místicos a quem foi dada a graça de intuírem a convivência trinitária. São três distintos, como que desembocaduras de três caudais sem margens formando um só oceano de vida e amor. São três olhares distintos constituindo uma só visão. A autodoação de um ao outro, o conúbio dos Três num só amor porduz glória e alegria sem fim. O fluxo e o refluxo, a diástole e a sístole dos divinos Três se interpenetran

Um poema de Pablo Neruda

Sim, camarada, é hora de jardim e é hora de batalha, cada dia é sucessão de flor e sangue, nosso tempo nos entregou amarrados a regar os jasmins ou a dessangrar-nos numa rua escura, a virtude ou a dor se repartiram em zonas frias, em mordentes brasas, e não havia outra coisa que eleger, os caminhos do céu, antes tão transitados pelos santos, estão hoje povoados por especialistas. Já desapareceram os cavalos. Os heróis vão vestidos de batráquios, os espelhos vivem vazios porque a festa é sempre em outra parte, onde já não estamos convidados e há briga nas portas. Por isso este é o penúltimo chamado, o décimo sincero toque do meu sino, ao jardim, camarada, à açucena, à macieira, ao cravo intransigente, à fragrância da flor de laranjeira, e logo aos deveres da guerra. Delgada é nossa pátria e em seu despido fio de faca arde nossa bandeira delicada.

T.S. Eliot

Embora a senda seja lenta e tortuosa, Embora se crispe diante de mil temores Ao olho crédulo da juventude ela parece Uma vereda onde florescem o pirilteiro e a rosa. Esperamos que assim seja; pudéssemos sabê-lo! Pudéssemos contemplar os anos vindouros.

O Milagre da Restrição

O Milagre da Restrição Fazer milagres para Jesus não representava um desafio! O maior desafio para Cristo era não fazer milagre. Isto realmente era o Milagre. Jesus foi 100% Deus e 100% homem, como dizem os teólogos. Transformar pedra em pão, lançar-se num abismo para ser acudido, tirar água da rocha, tudo isso era possível para Jesus. Mas para Cristo não estava em questão se ele era divino, mas em sendo divino poder ser humano! Lançar mão das prerrogativas divinas como um atalho para a sua missão representava uma grande tentação para Jesus. Ele próprio enxergou assim! Segundo Philip Yancey (...) na ausência de testemunhas oculares, todos os pormenores devem ter vindo do próprio Jesus. Pelo mesmo motivo, Jesus sentiu-se obrigado a revelar aos discípulos esse momento de luta e de fraqueza pessoal. Creio que a tentação foi um conflito genuíno, não um papel que Jesus representou com um resultado predeterminado. O mesmo tentador que encontrou um ponto fatal na vulnerabilidade de Adão e de

UM OUTRO OLHAR PARA ADORAÇÃO

Toda confusão com relação à natureza e caráter do louvor e da adoração, na igreja evangélica brasileira, acontece por desvios teológicos. Intenções mercadológicas, sedução pelo poder, espírito messiânico, a cultura do “control c”, as letras desconectadas da vida e/ou egocêntricas, apelo forte às emoções têm origem em interpretações equivocadas das Escrituras (ou na má fé, descaradamente!). Percebo que, principalmente nos ambientes pentecostais, há muita resistência à reflexão, à razão, como se o uso da inteligência e intuição fosse prática demoníaca. Devido a isso temos vários movimentos de louvor e adoração sem fundamento e consistência, levados muito mais pelos sentimentos e sensações, do que pela Verdade do Evangelho. Vemos uma geração mais interessada em sentir a presença de Deus do que em obedecer à sua voz. O exercício do conhecimento na adoração é imprescindível. Lembremos do que Jesus disse à mulher samaritana: “Vocês, samaritanos, adoram o que não conhecem ; nós adoramos o que

HORIZONTES - Uma poesia de Fernando Pessoa

Ó mar anterior a nós, teus medos Tinham coral e praias e arvoredos. Desvendadas a noite e a cerração, As tormentas passadas e o mistério, Abria em flor o Longe, e o Sul sidério Splendia sobre as naus da iniciação Linha severa da longínqua costa - Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta Em árvores onde o Longe nada tinha; Mais perto, abre-se a terra em sons e cores: E, no desembarcar, há aves, flores, Onde era só, de longe a abstrata linha. O sonho é ver as formas invisíveis Da distância imprecisa, e, com sensíveis Movimentos da esperança e da vontade, Buscar na linha fria do horizonte A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte - Os beijos merecidos da Verdade.

A MELHOR DEFINIÇÃO SOBRE DEUS (POR ELE MESMO)

Os laboratórios da ciência são cada vez mais visitados, inflamados, instigados. Não é para menos já que o homem tem a capacidade de se superar, questiona seus paradigmas, desafia as leis e manipula a vida. Na prancheta do cientificismo tudo deve ser analisado e categorizado; tudo meticulosamente estudado, testado, aprovado, carimbado e fichado. À era do conhecimento nem Deus escapa! Não são poucos os que teimam colocar Deus num tubo de ensaio ou reduzi-lo a uma fórmula matemática; que insistem sistematizar o Criador, seus atributos, suas ações e sentimentos como se ele fosse um corpo inerte na cama de um laboratório encharcado de formol pronto para ser dissecado. Porque é necessário um discurso forte, cartesiano vale tudo em nome das convicções impressas, verdades exatas redigidas. Até fazer Deus menor! Os discursos sobre Deus são consistentes, cheios de certezas, passionais, tendenciosos, bem fundamentados na ortodoxia imutável, com todas as referências bíblicas possíveis para emudece

Socorro

Rasguei minha boca pedindo socorro. Estavam distraídos: Engodados em seus vícios defendendo suas terras suas idéias argumentando guerreando suas guerras e o país demarcando. Intolerantes com os fracos aos gemidos, insensíveis ao sangue da chacina daltônicos Indobráveis à flor e ao amor, cientistas! Cultuavam seus deuses à sua imagem adorando a si próprios Ultra-homens com poder de fogo e glória nas mãos incapazes da ternura nos olhos e a fragilidade na cruz Expostos à vitrine compravam a moda vestiam a vaidade, esbanjavam moeda Isolavam-se uns dos outros virtualmente, amigavelmente Enchiam-se do supérfluo e do superficial e apesar do entretenimento e do ofício andavam ansiosos, vagos e vazios... Pagavam seus médicos e entorpecentes Viviam morrendo, rasgando suas bocas pedindo socorro e não os ouvia...

GARIMPANDO PALAVRAS – carta aos jovens compositores

Das vezes que sai à procura de CD´s evangélicos foi só para a minha tristeza e decepção. Claro que encontrei trabalhos com beleza, rebuscados, inovadores, mas em maior proporção encontrei trabalhos feios, de extremo mau gosto e em nada comprometidos com a arte. É teimosa a mania dos evangélicos de clonar; a cultura do “Ctrl c”; bater na mesma tecla, tema, expressões, melodias, ritmos que chega a saturação! A maioria dos compositores usa expressões e palavras mais que batidas, sem nenhuma inovação e contribuição para o nosso repertório. A impressão que me dá é que essas criações são feitas de qualquer jeito, numa sentada só. Não consigo imaginar esses compositores quebrando a cabeça; burilando as expressões; garimpando palavras; consultando dicionários; corrigindo ortografia, concordância, prosódia; “brigando” no processo criativo; rabiscando alguns papéis, jogando outros; caminhando para dar vazão ao insight, deixando o tema assentar no coração. O resultado são trabalhos muito semelhan

Quando o belo ofusca o Belo

Os momentos de louvor comunitário em nossos dias andam cheios de enfeites: instrumentos dos mais diversos, corais, orquestras, coreografias, luzes, palco, figurinos, sonoplastia, pinturas, desenhos... Enfim, todas as artes no momento da adoração ao Rei. É bem verdade que estamos devendo muito com relação ao conteúdo, mas esta é história para outro artigo! Em todo caso os dirigentes da música na igreja estão lançando mão de vários recursos para ornamentar o culto a Deus. Nada contra a sofisticação, a ousadia e a criatividade. Pelo contrário, creio que devemos ser criativos em nossa liturgia e exalar beleza em nossa arte – salve(m) à Estética! Minha preocupação é quando toda essa pomposidade ofusca a beleza de Deus; serve como um fim em si mesma e não como uma ferramenta que aponta o mais formoso dentre os homens - a beleza das artes pelas artes e não a beleza das artes para Deus. Fico a me perguntar se nesses grandes movimentos gospel a adoração das pessoas é uma resposta à beleza de Cr

Comentário do Salmo 123

Salmo 123 A ti levanto os meus olhos, a ti, que ocupas o teu trono nos céus. Assim como os olhos dos servos estão atentos à mão de seu senhor e como os olhos das servas estão atentos à mão de sua senhora, também os nosso olhos estão atentos ao Senhor, ao nosso Deus, esperando que ele tenha misericórdia de nós. Misericórdia, Senhor! Tem misericórdia de nós! Já estamos cansados de tanto desprezo. Estamos cansados de tanta zombaria dos orgulhosos e do desprezo dos arrogantes. O salmo 123 está contado entre os poemas de subidas que vai do salmo 120 ao salmo 134. Essa parte do saltério é também conhecida como cânticos de romagem/romaria, cânticos dos degraus ou cânticos de peregrinação. Quer sejam poemas cantados pelos peregrinos a caminho de Jerusalém, quando subiam para o Templo na época das festas sagradas como dizem alguns; quer sejam cânticos cantados pelos exilados que voltavam da Babilônia a Jerusalém ou cantados pelos levitas sobre os quinze degraus que levavam ao Templo como dizem

SEDE DE INTIMIDADE

Aquilo que o ser humano tem de mais precioso é a sua intimidade. A alma e o corpo despidos, as expressões de prazer, o rosto sem maquiagem, as roupas de dormir, esquisitices que não se atrevem a sair pelas portas de casa. Tudo isso é raro e exige um processo gradual para penetrá-lo. Isso, e mais alguns pormenores, o casal que se ama compartilha – é o tesouro que só o cônjuge explora; a coroa que veste bem aquele que fez por onde conquistar; regiões que só quem ama tem acesso. Infelizmente a mídia tem vulgarizado, barateado esse valor. Nunca foi tão fácil, como em nossos dias, invadir a privacidade de alguém, descobrir seu corpo, impurezas, desejos, virtudes, defeitos, enfim, aquilo que lhe torna único. Estão aí os reality shows que deixam os espectadores boquiabertos diante da TV quase entrando pela “fechadura virtual”; a revista playboy disfarçada da expressão glamurosa “nu artístico”; revistas que abrem as portas das mansões de vaidosos exibindo suas coleções de sapatos e chapéus; um

Quem tem olhos para ver veja!

“Se podes olhar vê. Se podes ver repara” é a epigrafe do livro de José Saramago, Ensaio sobre a Cegueira, que para mim é uma parábola contundente da pós-modernidade, uma metáfora pertinente dos indivíduos que perderam a visão. O livro desenha o estado deplorável em que chega uma sociedade quando um tipo de cegueira toma conta do povo: a luta pela sobrevivência, o estado de bicho, o egoísmo, a intolerância, a exclusão. Trata da opressão que sofrem aqueles que cegaram daqueles ainda por cegar; da hierarquia entre os cegos construída pela lei do mais forte e o pavor que separa os cegos dos não cegos! Foi impossível ler o livro e não ver o retrato dos nossos dias: gente que se esbarra, mas não se toca; vê, mas não repara; pessoas que caminham num breu em plena luz do dia preocupadas apenas com suas vaidades e enfeitiçadas pela cantilena “cada um por si e Deus por todos!”. Penso que nossa sociedade cegou e, a não ser que um tipo de colírio nos salve, estamos fadados à decadência! Na cura de