Aquilo que o ser humano tem de mais precioso é a sua intimidade. A alma e o corpo despidos, as expressões de prazer, o rosto sem maquiagem, as roupas de dormir, esquisitices que não se atrevem a sair pelas portas de casa. Tudo isso é raro e exige um processo gradual para penetrá-lo. Isso, e mais alguns pormenores, o casal que se ama compartilha – é o tesouro que só o cônjuge explora; a coroa que veste bem aquele que fez por onde conquistar; regiões que só quem ama tem acesso.
Infelizmente a mídia tem vulgarizado, barateado esse valor. Nunca foi tão fácil, como em nossos dias, invadir a privacidade de alguém, descobrir seu corpo, impurezas, desejos, virtudes, defeitos, enfim, aquilo que lhe torna único. Estão aí os reality shows que deixam os espectadores boquiabertos diante da TV quase entrando pela “fechadura virtual”; a revista playboy disfarçada da expressão glamurosa “nu artístico”; revistas que abrem as portas das mansões de vaidosos exibindo suas coleções de sapatos e chapéus; um oceano de sites de fofocas e pornografias convidando à navegação; namoros virtuais com direito a relações sexuais (basta comprar alguns acessórios!); visitas “surpresas” a artistas que já acordam penteadas e maquiadas! E tudo isso é espantosamente acessível! É só comprar, ler, clicar, zapear e se iludir que conhece a vida do seu ídolo.
O homem tem inerentemente essa sede de intimidade, sede de conhecer e ser conhecido. O mercado sacou isso e explora abusivamente essa necessidade gerando uma intimidade irresponsável, porque sem compromisso, e falsa, porque é sem contato, é virtual, impessoal. E o homem moderno caminha assim: isoladamente “íntimo” das pessoas.
Como quase todo movimento da sociedade se movimenta na igreja, pensamos intimidade nos moldes do mundo (com linguajar evangeliques, é claro!).
Para muitos o ideal seria um Big Brother Celestial onde o cristão, anonimamente, assistisse a intimidade da Trindade e seus anjos; ou quem sabe um site que pudesse baixar canções celestiais, ver o movimento do Reino em tempo real, mas sem envolvimento algum. Talvez isso seja um tanto exagerado e até meio irreverente, mas podemos tentar de novo: uma oração bem feita com um sotaque bem evangélico e fazendo referências bíblicas para convencer; promessas, votos; ativismo religioso; disciplinas espirituais na tentativa de barganhar com Deus; um culto; seminários; retiros; o dízimo. “Pronto, sou amigo de Deus!”; “tenho intimidade com o Divino!” (não é de se admirar que no grande Dia muitos ouvirão do Mestre: “... nunca vos conheci...” [Mt 7.22,23]).
Felizmente não acontece assim. A Bíblia nos ensina que a intimidade do Senhor é para aqueles que o temem (Sl 25.14a). Não é o temor de medo, mas de estremecimento que tem aquele que não quer chegar na presença do Senhor displicentemente. É o zelo do sacerdote que lava as mãos na pia de bronze antes de pegar os utensílios sagrados para ministrar (Ex 30.17-21); também do salmista que guarda a palavra do Senhor no coração para não pecar contra Ele (Sl 119.11). Esse temor não é o temor que afasta, mas que aproxima, pois quanto mais fraco eu sou, mais de joelhos aos pés de Cristo estou (2Co 12.10).
O tabernáculo do Antigo Testamento era conhecido como “tenda do encontro”. Era o lugar onde o homem se encontrava com Deus, adorava, dava o seu sacrifício e ouvia a Palavra. Mas para isso tudo acontecer havia toda uma preparação. O povo tinha que montar a grande tenda, colocar os untesílios nos devidos lugares para, então penetrar a intimidade de Deus e oferecer o seu culto. Era o ritual do encontro com Jeová! (Ex 40.17-38)
Com a vinda de Jesus, o templo é hoje, agora, aqui e em qualquer lugar (Jo 4.19-24), não tenho que montar nenhuma tenda ou igreja para que a presença do Senhor se faça real – ela já é fato! O que podemos tirar de princípios da experiência dos hebreus é que para conhecer a intimidade de Deus, entrar na “tenda do encontro”, há uma boa caminhada, uma preparação, uma conquista, uma “sedução”. E até essa caminhada é com o próprio Deus: “Eu sou o caminho...” disse Jesus (Jo 14. 6), indicando que o caminho que leva a Ele não é um conceito, uma instituição, uma denominação, uma filosofia, uma técnica ou estratégia, mas é gente que se relaciona. Conhecer exige tempo para se relacionar. É um namoro levado a sério!
Com Deus é impossível “ficar”! Ou namora assumidamente ou nada feito; ou se torna verdadeiramente amante do Senhor ou não é possível entrar em sua intimidade. “Ficar” para Deus é muito pouco, é mesquinho, é vulgar. Nosso Deus nos ama tanto que nos deseja todo. “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6.5).
Que o Senhor nos livre de um relacionamento “virtual” e da pretensão de “ficar” com Ele apenas num culto, num congresso, num retiro, numa oração... , e nos incline ao desejo de um namoro gostoso que seja perene, integral, real, relacional até se consumir a eternidade!
Um beijo carinhoso!
Infelizmente a mídia tem vulgarizado, barateado esse valor. Nunca foi tão fácil, como em nossos dias, invadir a privacidade de alguém, descobrir seu corpo, impurezas, desejos, virtudes, defeitos, enfim, aquilo que lhe torna único. Estão aí os reality shows que deixam os espectadores boquiabertos diante da TV quase entrando pela “fechadura virtual”; a revista playboy disfarçada da expressão glamurosa “nu artístico”; revistas que abrem as portas das mansões de vaidosos exibindo suas coleções de sapatos e chapéus; um oceano de sites de fofocas e pornografias convidando à navegação; namoros virtuais com direito a relações sexuais (basta comprar alguns acessórios!); visitas “surpresas” a artistas que já acordam penteadas e maquiadas! E tudo isso é espantosamente acessível! É só comprar, ler, clicar, zapear e se iludir que conhece a vida do seu ídolo.
O homem tem inerentemente essa sede de intimidade, sede de conhecer e ser conhecido. O mercado sacou isso e explora abusivamente essa necessidade gerando uma intimidade irresponsável, porque sem compromisso, e falsa, porque é sem contato, é virtual, impessoal. E o homem moderno caminha assim: isoladamente “íntimo” das pessoas.
Como quase todo movimento da sociedade se movimenta na igreja, pensamos intimidade nos moldes do mundo (com linguajar evangeliques, é claro!).
Para muitos o ideal seria um Big Brother Celestial onde o cristão, anonimamente, assistisse a intimidade da Trindade e seus anjos; ou quem sabe um site que pudesse baixar canções celestiais, ver o movimento do Reino em tempo real, mas sem envolvimento algum. Talvez isso seja um tanto exagerado e até meio irreverente, mas podemos tentar de novo: uma oração bem feita com um sotaque bem evangélico e fazendo referências bíblicas para convencer; promessas, votos; ativismo religioso; disciplinas espirituais na tentativa de barganhar com Deus; um culto; seminários; retiros; o dízimo. “Pronto, sou amigo de Deus!”; “tenho intimidade com o Divino!” (não é de se admirar que no grande Dia muitos ouvirão do Mestre: “... nunca vos conheci...” [Mt 7.22,23]).
Felizmente não acontece assim. A Bíblia nos ensina que a intimidade do Senhor é para aqueles que o temem (Sl 25.14a). Não é o temor de medo, mas de estremecimento que tem aquele que não quer chegar na presença do Senhor displicentemente. É o zelo do sacerdote que lava as mãos na pia de bronze antes de pegar os utensílios sagrados para ministrar (Ex 30.17-21); também do salmista que guarda a palavra do Senhor no coração para não pecar contra Ele (Sl 119.11). Esse temor não é o temor que afasta, mas que aproxima, pois quanto mais fraco eu sou, mais de joelhos aos pés de Cristo estou (2Co 12.10).
O tabernáculo do Antigo Testamento era conhecido como “tenda do encontro”. Era o lugar onde o homem se encontrava com Deus, adorava, dava o seu sacrifício e ouvia a Palavra. Mas para isso tudo acontecer havia toda uma preparação. O povo tinha que montar a grande tenda, colocar os untesílios nos devidos lugares para, então penetrar a intimidade de Deus e oferecer o seu culto. Era o ritual do encontro com Jeová! (Ex 40.17-38)
Com a vinda de Jesus, o templo é hoje, agora, aqui e em qualquer lugar (Jo 4.19-24), não tenho que montar nenhuma tenda ou igreja para que a presença do Senhor se faça real – ela já é fato! O que podemos tirar de princípios da experiência dos hebreus é que para conhecer a intimidade de Deus, entrar na “tenda do encontro”, há uma boa caminhada, uma preparação, uma conquista, uma “sedução”. E até essa caminhada é com o próprio Deus: “Eu sou o caminho...” disse Jesus (Jo 14. 6), indicando que o caminho que leva a Ele não é um conceito, uma instituição, uma denominação, uma filosofia, uma técnica ou estratégia, mas é gente que se relaciona. Conhecer exige tempo para se relacionar. É um namoro levado a sério!
Com Deus é impossível “ficar”! Ou namora assumidamente ou nada feito; ou se torna verdadeiramente amante do Senhor ou não é possível entrar em sua intimidade. “Ficar” para Deus é muito pouco, é mesquinho, é vulgar. Nosso Deus nos ama tanto que nos deseja todo. “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6.5).
Que o Senhor nos livre de um relacionamento “virtual” e da pretensão de “ficar” com Ele apenas num culto, num congresso, num retiro, numa oração... , e nos incline ao desejo de um namoro gostoso que seja perene, integral, real, relacional até se consumir a eternidade!
Um beijo carinhoso!
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