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Mostrando postagens de setembro, 2009

Programa Plataforma

Indico com paixão o site do PLATAFORMA! O PLATAFORMA é um espaço generoso para músicos cristãos que não têm a mega estrutura de uma gravadora ou igreja. O cenário musical evangélico não é apenas isso que vemos e ouvimos nas grandes mídias. Quem visita o PLATAFORMA têm acesso a outras linguagens, abordangens, estilos... outro jeito de falar da fé! O Reino de Deus conta com a nossa diversidade, e o PLATAFORMA tem sido um veículo para garimpar o que estava escondio para muitos! O programa é muito bem gravado, áudio, vídeo, fotografia, maquiagem... o pessoal faz com excelência! Quem tem olhos para ver, ouvidos para ouvir acesse www.plataforma.art.br e sirva-se de beleza!

Um recorte de Pascal Mercier em o TREM NOTURNO PARA LISBOA - Ed. Record.

O que eu parecia e mostrava ser – pensei – nunca o havia sido, nem um único minuto da minha vida. Não o havia sido na escola, nem na universidade, nem no consultório. Será que com os outros acontecia o mesmo? Será que ninguém se reconhece no seu exterior? Será que a imagem refletida lhes parece um cenário de deformações grosseiras? Será que se apercebem com horror de um abismo que se abre entre a percepção que os outros têm deles e a forma como eles se veem? Que a intimidade interior e a intimidade exterior podem se afastar de tal maneira que acaba por tornar-se quase impossível considerá-las com intimidade com o mesmo ser? A distância em relação aos outros para a qual nos transporta essa consciência torna-se ainda maior quando compreendemos que a nossa imagem exterior não surge aos outros como aos nossos próprio olhos. Não vemos as pessoas como vemos casas, árvores ou estrelas. Vemo-las na expectativa de as encontrarmos de uma determinada maneira, transformando-as, assim, em um pedaço

Um parágrafo de Muriel Barbery em "A elegância do ouriço"

A estética, se refletirmos um pouco a sério, nada mais é que a iniciação à Via da Adequação, uma espécie de Via do Samurai aplicada à intuição das formas autênticas. Todos nós temos implantado em nós o conhecimento do adequado. É ele que, a cada instante da existência, nos permite captar sua qualidade e, nessas raras ocasiões em que tudo é harmonia, desfrutá-la com a intensidade requerida. E não falo dessa espécie de beleza que é o domínio exclusivo da Arte. Os que, como eu, são inspirados pela grandeza das pequenas coisas a perseguem até no coração do não-essencial, onde, revestida de trajes cotidianos, ela brota de um certo ordenamento das coisas ordinárias e da certeza de que é como deve ser , da convicção de que é bem assim.