Certa vez um dos discípulos se aproximou do Mestre e pediu “Senhor, ensina-nos a orar”. Jesus fez a oração conhecida de todos nós – a oração do “Pai Nosso” que, mais do que uma oração a ser repetida, é uma consciência de ser diante de Deus. Esse jeito de ser diante de Deus nos revela muitas verdades das quais gostaria de compartilhar uma.
A oração de Jesus nos traz o discernimento que o Deus Criador é o Abba (literalmente, papai). No dialeto sírio ocidental do aramaico, Abba é o nome dado pela criança ao seu pai na intimidade do lar. A palavra mais fácil para uma criança articular, balbuciar.
Esse é o escândalo do Evangelho. O Deus dos hebreus, da Revelação terrível no Monte Sinai, o Senhor dos Exércitos, o Rei adorado nos céus por anjos é o nosso Papai. O Deus de nome impronunciável do Antigo Testamento (YHWH) cabe na boca de uma criança. Ninguém antes de Jesus usou essa palavra para se dirigir a Deus. Em outras orações Cristo vai usar esta mesma palavra que foi traduzida para nós como “pai”, do latim pater.
Mas que revolução acontece com essa expressão? O Abba corrige muitas caricaturas feias de Deus que muitos têm. Basta pensar em nossa paternidade (e quem não é pai/mãe pode pensar nos seus pais ou numa pessoa boa!) para chegar à conclusão que um pai/mãe não agiria como muitos pensam que Deus age. Exemplo: Uma criança de cinco anos de idade é violentada sexualmente até a morte e alguém diz irresponsavelmente que Deus tinha um propósito. E eu perguntaria “que Deus é esse que para cumprir seu propósito tem que sacrificar uma criança?”. Pense um pouco: você como pai/mãe/ser humano permitiria que sua criança passasse por uma experiência dessas para cumprir um projeto seu? Claro que não!
Outro exemplo: numa tragédia de avião com dezenas de mortos alguém que teria perdido o horário do vôo diz com certo pesar, mas aliviado, “Deus me livrou!”. E eu concluo: se Deus escolheu livrar essa pessoa, Deus escolheu matar dezenas de homens e mulheres. Isso combina com a imagem do Papai?! Qual de seus filhos, papai e mamãe, você escolheria para tal tragédia? Nenhum obviamente! Com certeza você preferiria dar a sua própria vida, não é?! Se nós que somos maus agiríamos nesses casos com afeto, amor, misericórdia, bom senso, humanidade quanto mais o Papai do céu! O Deus Abba não faz assim!
Todos nós estamos sujeitos às tragédias, pois assim como o sol nasce para todos, as tempestades caem sobre todos – é a sina do ser humano! Ninguém está imune às doenças, assaltos, violências, injustiça, desemprego, perdas. O grande desafio, que é também libertador, é este: quando a tragédia vier sobre você não acredite que Deus foi quem planejou, pois o Papai quer seu bem!
Outra atitude que às vezes temos diante do desastre é concluir que se estamos passando por tal momento é porque Deus nos abandonou, deu as costas para nós, e nos perguntamos “onde está você, ó Deus! Qual pai/mãe agiria assim no momento de dor do seu filho? “Haverá mãe que possa esquecer seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa esquecê-lo, eu não me esquecerei de você!”(Is 49.15).
O Papai ama você! Por mais difícil que seja acreditar nisso em dias de tempestades, essa é mais pura verdade. Não cale essa voz no seu coração: “o Papai ama você!”. O desastre não é sinônimo da ausência de Deus. Deus continua lhe amando, oferecendo sua companhia, emprestando suas lágrimas e gemendo sua dor. O amor do Papai não oscila, não diminui, não é interesseiro, não tem segundos planos, não é utilitário e não abandona.
O amor de Deus é pra valer. Deus não brinca de amar, não brinca com os nossos sentimentos, não é insensível a nossa dor. Seu amor é comparado sim com a relação de paternidade que conhecemos.
Confiante no amor de Deus que é Papai
A oração de Jesus nos traz o discernimento que o Deus Criador é o Abba (literalmente, papai). No dialeto sírio ocidental do aramaico, Abba é o nome dado pela criança ao seu pai na intimidade do lar. A palavra mais fácil para uma criança articular, balbuciar.
Esse é o escândalo do Evangelho. O Deus dos hebreus, da Revelação terrível no Monte Sinai, o Senhor dos Exércitos, o Rei adorado nos céus por anjos é o nosso Papai. O Deus de nome impronunciável do Antigo Testamento (YHWH) cabe na boca de uma criança. Ninguém antes de Jesus usou essa palavra para se dirigir a Deus. Em outras orações Cristo vai usar esta mesma palavra que foi traduzida para nós como “pai”, do latim pater.
Mas que revolução acontece com essa expressão? O Abba corrige muitas caricaturas feias de Deus que muitos têm. Basta pensar em nossa paternidade (e quem não é pai/mãe pode pensar nos seus pais ou numa pessoa boa!) para chegar à conclusão que um pai/mãe não agiria como muitos pensam que Deus age. Exemplo: Uma criança de cinco anos de idade é violentada sexualmente até a morte e alguém diz irresponsavelmente que Deus tinha um propósito. E eu perguntaria “que Deus é esse que para cumprir seu propósito tem que sacrificar uma criança?”. Pense um pouco: você como pai/mãe/ser humano permitiria que sua criança passasse por uma experiência dessas para cumprir um projeto seu? Claro que não!
Outro exemplo: numa tragédia de avião com dezenas de mortos alguém que teria perdido o horário do vôo diz com certo pesar, mas aliviado, “Deus me livrou!”. E eu concluo: se Deus escolheu livrar essa pessoa, Deus escolheu matar dezenas de homens e mulheres. Isso combina com a imagem do Papai?! Qual de seus filhos, papai e mamãe, você escolheria para tal tragédia? Nenhum obviamente! Com certeza você preferiria dar a sua própria vida, não é?! Se nós que somos maus agiríamos nesses casos com afeto, amor, misericórdia, bom senso, humanidade quanto mais o Papai do céu! O Deus Abba não faz assim!
Todos nós estamos sujeitos às tragédias, pois assim como o sol nasce para todos, as tempestades caem sobre todos – é a sina do ser humano! Ninguém está imune às doenças, assaltos, violências, injustiça, desemprego, perdas. O grande desafio, que é também libertador, é este: quando a tragédia vier sobre você não acredite que Deus foi quem planejou, pois o Papai quer seu bem!
Outra atitude que às vezes temos diante do desastre é concluir que se estamos passando por tal momento é porque Deus nos abandonou, deu as costas para nós, e nos perguntamos “onde está você, ó Deus! Qual pai/mãe agiria assim no momento de dor do seu filho? “Haverá mãe que possa esquecer seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa esquecê-lo, eu não me esquecerei de você!”(Is 49.15).
O Papai ama você! Por mais difícil que seja acreditar nisso em dias de tempestades, essa é mais pura verdade. Não cale essa voz no seu coração: “o Papai ama você!”. O desastre não é sinônimo da ausência de Deus. Deus continua lhe amando, oferecendo sua companhia, emprestando suas lágrimas e gemendo sua dor. O amor do Papai não oscila, não diminui, não é interesseiro, não tem segundos planos, não é utilitário e não abandona.
O amor de Deus é pra valer. Deus não brinca de amar, não brinca com os nossos sentimentos, não é insensível a nossa dor. Seu amor é comparado sim com a relação de paternidade que conhecemos.
Confiante no amor de Deus que é Papai
Comentários
Levando em conta que enxergamos o mundo e enteragimos com ele a partir de nossas percepções e que elas são contruidas pela cultura em que estamos inseridos, nos deparamos com multipercepções de Deus, umas certas e outras totalmente equivocadas.
Mas ao ler ese texto meu coração se enche de alegria, pois ainda temos homens que se disponibilizam em apresentar a imagem real de Deus e afim de desconstruir a imagem distocidade formada historicamente.
Obrigada por partilhar!
Amo essa família Cardoso!
Aline.