A idéia de Jesus nunca foi criar uma religião organizada. Jesus não tinha em mente plantar uma igreja com uma placa denominacional e nem (pasmem alguns!) criar o Cristianismo. Aliás, Jesus nasceu judeu com direito a rituais judaicos e morreu judeu.
Se fosse assim, eu penso que Jesus teria agido de maneira diferente nos seus últimos encontros com os discípulos antes de subir para o Pai. Teria dado mil recomendações, métodos e dogmas.
Os profissionais da publicidade devem ter se indignado com Jesus porque se ele queria “dar certo” deveria ter agido de outra maneira!
Um marketeiro diria que se Jesus quisesse “vender sua imagem” deveria ter se apresentado ressurreto no templo, por exemplo, e não a um grupo de pescadores frustrados numa praia.
Um publicitário teria pedido a Jesus pelo menos um slogan, uma frase de efeito ou o nome da igreja, além da nobre comissão “... ide por todo mundo ensinando a obedecer a tudo que eu vos tenho ordenado”.
Os teólogos de plantão queriam uma teologia sistemática para dar conta de todas as palavras e atos de Jesus, mas Jesus na sua última conversa antes de subir para o Pai fala simplesmente de amor: “Pedro, tu me amas?”.
Um profissional da fé pediria para Jesus divulgar a sua ressurreição na praça com direito a louvorzão ao invés de aparecer a Maria que lhe confundiu com um jardineiro.
A igreja institucionalizada foi uma idéia bem intencionada do homem para que a paixão não esfriasse, para que os ensinamentos do Mestre não caíssem no esquecimento. Mas junto com essa instituição vieram alguns males que a história registra.
Desde então, o grande desafio da igreja organizada é, em sendo uma instituição não pretender ser a porta dos céus; tendo sua teologia não esquecer a doçura, a gentileza, a inclusão, o perdão; sendo uma religião se inspirar no estilo de vida de Jesus.
O desejo de Cristo era bem mais modesto, todavia profundo, assim como plantar sementes! Jesus pensava numa comunidade de amigos a quem ele pudesse ensinar um jeito bom de viver com base no amor! Uma comunidade que incluísse a todos, que convidasse a todos para o banquete da amizade.
Jesus é o Homem-Deus cheio dos gestos de afetos que lhe acompanham desde as suas mensagens e milagres até aos banquetes e festas.
Jesus inclui com doçura no seu grupo aquele que foi declarado pecador pela instituição religiosa; Jesus recebe no seu colo aquele que foi declarado e convencido pela sociedade de impuro; Jesus toca com saliva divina os olhos do cego que aprendeu pela religião que foi amaldiçoado por Deus.
Numa sociedade fria, de relacionamentos virtuais, consumista, capitalista, utilitária onde as pessoas se esbarram, mas não se tocam, onde cada um olha para o seu umbigo precisamos espalhar o jeito de viver do Mestre, exercitar os gestos modestos, despretensiosos e afetuosos de Jesus de Nazaré.
A Terra carece de gente de pele e nervo que exercitam os gestos da graça: um abraço, um sorriso, um aceno, um cumprimento, uma orientação, uma homenagem, dar a vez no trânsito, um ombro amigo, um ouvir atencioso, um olhar reverente. Nós precisamos de calor humano!
Lembro aqui do filme Wall-E. No enredo, devido às péssimas condições de vida na Terra, a humanidade tem que viver no espaço numa enorme nave. Ali eles dão um jeito de sobreviver. Obeso de tanta comida e sedentarismo, cada um vive deitado numa poltrona voadora que o leva para qualquer lugar, tem à sua frente um pequeno monitor de onde não tira os olhos, de onde faz todos os comandos e vê a vida. Esses seres humanos do futuro (ou será da atualidade?) conseguem conversar sem se notarem. Até que um dia dois indivíduos se percebem, trocam olhares por causa de um acidente: um toca na mão do outro! (recomendo o filme que para mim é profético!).
Já diria Carlos Drummond de Andrade que “amar se aprende amando”. Inspirados pele espírito da frase podemos dizer que os gestos de Jesus nós aprendemos fazendo e esquecemos se deixamos de fazer.
É assim que eu gosto de olhar para minha comunidade de fé: uma comunidade de amigos onde estamos aprendendo com Jesus um jeito melhor de viver!
Se fosse assim, eu penso que Jesus teria agido de maneira diferente nos seus últimos encontros com os discípulos antes de subir para o Pai. Teria dado mil recomendações, métodos e dogmas.
Os profissionais da publicidade devem ter se indignado com Jesus porque se ele queria “dar certo” deveria ter agido de outra maneira!
Um marketeiro diria que se Jesus quisesse “vender sua imagem” deveria ter se apresentado ressurreto no templo, por exemplo, e não a um grupo de pescadores frustrados numa praia.
Um publicitário teria pedido a Jesus pelo menos um slogan, uma frase de efeito ou o nome da igreja, além da nobre comissão “... ide por todo mundo ensinando a obedecer a tudo que eu vos tenho ordenado”.
Os teólogos de plantão queriam uma teologia sistemática para dar conta de todas as palavras e atos de Jesus, mas Jesus na sua última conversa antes de subir para o Pai fala simplesmente de amor: “Pedro, tu me amas?”.
Um profissional da fé pediria para Jesus divulgar a sua ressurreição na praça com direito a louvorzão ao invés de aparecer a Maria que lhe confundiu com um jardineiro.
A igreja institucionalizada foi uma idéia bem intencionada do homem para que a paixão não esfriasse, para que os ensinamentos do Mestre não caíssem no esquecimento. Mas junto com essa instituição vieram alguns males que a história registra.
Desde então, o grande desafio da igreja organizada é, em sendo uma instituição não pretender ser a porta dos céus; tendo sua teologia não esquecer a doçura, a gentileza, a inclusão, o perdão; sendo uma religião se inspirar no estilo de vida de Jesus.
O desejo de Cristo era bem mais modesto, todavia profundo, assim como plantar sementes! Jesus pensava numa comunidade de amigos a quem ele pudesse ensinar um jeito bom de viver com base no amor! Uma comunidade que incluísse a todos, que convidasse a todos para o banquete da amizade.
Jesus é o Homem-Deus cheio dos gestos de afetos que lhe acompanham desde as suas mensagens e milagres até aos banquetes e festas.
Jesus inclui com doçura no seu grupo aquele que foi declarado pecador pela instituição religiosa; Jesus recebe no seu colo aquele que foi declarado e convencido pela sociedade de impuro; Jesus toca com saliva divina os olhos do cego que aprendeu pela religião que foi amaldiçoado por Deus.
Numa sociedade fria, de relacionamentos virtuais, consumista, capitalista, utilitária onde as pessoas se esbarram, mas não se tocam, onde cada um olha para o seu umbigo precisamos espalhar o jeito de viver do Mestre, exercitar os gestos modestos, despretensiosos e afetuosos de Jesus de Nazaré.
A Terra carece de gente de pele e nervo que exercitam os gestos da graça: um abraço, um sorriso, um aceno, um cumprimento, uma orientação, uma homenagem, dar a vez no trânsito, um ombro amigo, um ouvir atencioso, um olhar reverente. Nós precisamos de calor humano!
Lembro aqui do filme Wall-E. No enredo, devido às péssimas condições de vida na Terra, a humanidade tem que viver no espaço numa enorme nave. Ali eles dão um jeito de sobreviver. Obeso de tanta comida e sedentarismo, cada um vive deitado numa poltrona voadora que o leva para qualquer lugar, tem à sua frente um pequeno monitor de onde não tira os olhos, de onde faz todos os comandos e vê a vida. Esses seres humanos do futuro (ou será da atualidade?) conseguem conversar sem se notarem. Até que um dia dois indivíduos se percebem, trocam olhares por causa de um acidente: um toca na mão do outro! (recomendo o filme que para mim é profético!).
Já diria Carlos Drummond de Andrade que “amar se aprende amando”. Inspirados pele espírito da frase podemos dizer que os gestos de Jesus nós aprendemos fazendo e esquecemos se deixamos de fazer.
É assim que eu gosto de olhar para minha comunidade de fé: uma comunidade de amigos onde estamos aprendendo com Jesus um jeito melhor de viver!
Comentários
Que significa isso? “Não nos pregamos a nós mesmos”, diz Paulo, “mas a Cristo Jesus como Senhor”. Quando visitou Corinto, conta-nos ele, foi para ali “em fraqueza, temor e grande tremor”. Não subia à plataforma com confiança, segurança e desenvoltura, dando a impressão de uma grande personalidade. Antes, o povo dizia dele: “a presença pessoal dele é fraca, e a palavra desprezível”. Quão grande é a nossa tendência de desviar-nos da verdade e do padrão das Escrituras. Como a Igreja está permitindo que o mundo e os seus métodos influenciem e dirijam a sua perspectiva e a sua vida! Que pena! Ser “pobre de espírito” não é tão popular, mesmo na Igreja, como o foi outrora e sempre deveria ser. Os crentes devem reconsiderar essas questões. Não julguemos as coisas segundo a aparência do seu valor; acima de tudo, cuidemos para não sermos cativados por essa psicologia mundana; e tratemos de entender, desde o princípio, que estamos no domínio de um reino diferente de tudo quanto pertence a este “presente mundo mau”.
Talvez seja isso mesmo o que Jesus queria... uma "comunidade de amigos". Só que a imagem de Deus para alguns está tão distante de nós, tão distante de nossas vidas... que quando tentamos trazer Deus um pouco para mais perto de nós... alguns ficam abismados. Mas como deve ser triste para Deus, viver tão longe de nós... =\ Seus filhos, amigos...
Espero que a cada dia possamos crescer e aprender Deus.
Um abraço pastor.
Parabéns pelo texto.