A teologia restringiu-se, normalmente, à reflexão formal sobre o mistério da comunhão trinitária. Procurava-se penetrar racionalmente no sol ofuscador que é a própria essência do Deus trino. No termo desta diligência está o silêncio respeitoso. Toda falta que ultrapassar as barreiras da percepção do mistério se transforma em tagarelice e gera o sentimento de profanação do Sacrossanto. Assim é a situação humana quando confrontada com a Trindade imanente. Se não podemos nem devemos falar; podemos, entretanto, cantar e louvar. Cesse a razão, ganhe asas a imaginação. Foi assim que fizeram os místicos a quem foi dada a graça de intuírem a convivência trinitária. São três distintos, como que desembocaduras de três caudais sem margens formando um só oceano de vida e amor. São três olhares distintos constituindo uma só visão. A autodoação de um ao outro, o conúbio dos Três num só amor porduz glória e alegria sem fim. O fluxo e o refluxo, a diástole e a sístole dos divinos Três se interpenetran