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Mostrando postagens de maio, 2013

Oração de invocação. Quem invoca a quem?

“Pois nele vivemos, nos movemos e existimos.” Em muitos arraiais religiosos eu percebo com pesar um esforço olímpico para que Deus se faça presente, se manifeste, mostre a Sua glória, como se Deus estivesse na tangência da Terra esperando o momento para entrar em cena! Deus não precisa ser invocado para se fazer presente. Deus a tudo e a todos envolve, em tudo e em todos transparece, de tudo e de todos emerge. Os teólogos dizem que Ele é onipresente. Deus está totalmente envolvido com a história humana desde o seu nascedouro. Deus não está à parte do mundo, do lado de lá, distante. Convocar um Deus que é Todo-Presença é, no mínimo, contraditório. Deus está conosco, seu nome é Emanuel. Sua presença se dá de forma modesta, velada e silenciosa. Como o ar que respiramos sem nos darmos conta, Deus é o nosso fôlego; como o sol, que desde o horizonte clareia o meu quarto sem que eu esteja olhando para ele, Deus me renova; como a raiz que nutre a árvore, assim é Deus - a seiva da

Quem segue a Jesus não vive em paz!

Para dar conta do “terror cósmico”, os nossos ancestrais criaram mitos. Para lidar com os medos e insegurança o humano precisou se cercar de uma ordem, uma rotina, uma narrativa. Para se organizar, o ser humano constrói um mundo de sentidos. Diante do absurdamente inexplicável ousamos nomear. Nesse mundo de sentidos encontramos tudo o que diz respeito à cultura: a linguagem, comida, modo de se vestir, o pensamento, a teologia, as “tribos”, os guetos, a urbanização, ritos de passagem, artes e outros.  Tudo para promover certo sentido, orientação, segurança, ordem e paz. Nada mais humano! Mas quem se atreve a ser um discípulo de Jesus tem esse mundo de sentidos bagunçado vez por outra! Parece-me que a caminhada de Jesus é sempre na contra mão de uma vida organizada definitivamente, de uma fé pronta, de uma zona de conforto, do egocentrismo, da indiferença, da alienação, do sossego entorpecente. Quem segue a Jesus não pode viver em paz! “ Eu não vim trazer a paz...”