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Mostrando postagens de maio, 2009

PARADOXOS

Sábado passado toquei no ArteSã, evento promovido pelo Instituto Ser Adorador (www.seradorador.com.br). Tive o prazer de ser acompanhado pelo Robertinho Marçal na batera, Júnior Finnis no baixo, Robson Anjinho no teclado e Rafael Magoo na guitarra. Confiram a música!

SABOREAR É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO.

Existir não é sinônimo de viver. Existir é “viver porque a vida dura”, citando Fernando Pessoa. Viver de verdade é sugar a seiva dos dias. Existir é empurrar a vida com a barriga. Leviano. Viver é saborear os frutos que a vida dá. Carpe Diem!(colha o dia!). Saborear é preciso, viver não é preciso. O que é necessário mesmo na vida é desfrutar. Viver por viver já é a morte. Vida com sabor é vida abundante! Para viver uma vida boa não basta apenas possuir coisas, é necessário usufruí-las (aliás, eu posso usufruir sem possuir!). Para viver bem não basta estar cercado de pessoas amadas, é preciso cultivar e desfrutar desse amor. Viver apenas para “cumprir tabela” é viver sem apetite. É ter uma família linda, mas não saber brincar com os filhos e namorar o parceiro; comer um prato delicioso sem sentir o gosto; ter uma vastidão de livros, mas não se deleitar com aquele que está lendo; ter uma casa maravilhosa, mas nunca “chegar para pousar”; ter uma pessoa leal bem próximo, mas não ter por el

O que Deus falou?

Uma vez falou Deus E eu ouvi uma, duas, três, quatro... vezes. E ainda ouço. Ouço vários ecos de mensagens Traduzo vários sons de significado E assim vou ouvindo: uma aventura–interpretativa–progressiva. Queria Deus dizer uma sentença? Não alcanço. Não ouço o que Ele disse. Quem poderia fazê-lo? Já teria esgotado Deus. Não. Ouço a Revelação em série harmônica – Freqüências moduladas, timbre inconfundível. E quando Deus fala, eu peço socorro. Socorro às imagens, à criatividade, aos símbolos... Socorro ao Espírito Santo Que me sopra uma outra linguagem, outras visões, outros signos Pois o que Deus falou foi uma polifonia! E como que para ampliar o Inampliável A sua Voz se encarnou em Jesus Cristo A comunicação apaixonadamente profusa, corajosamente humana, verdadeiramente livre O Verbo empresta cenários, cenas, histórias Apela aos sentidos. Cor, mente, sabor, coração, textura, odor... E o Sagrado Dizer perpassa em entrelinhas, entre sons, entre imagens. ... E eu já não me aproximo da Ver

Crucificaram a Palavra. Assassinaram a Imaginação (Ressonância ao texto do Elienai, "A Imaginação Divina")

No princípio Deus imaginou... O homem narrou o que percebeu A um amigo que contou ao seu amigo que recontou também... Escreveram a Revelação E os copistas trabalharam Os observantes aprenderam de cor a Torá... Na seqüência Deus se imagina gente... Palavra nua e crua, suor e sangue Com textura, cheiro e sabor, ao vivo e a cores A Verdade é amiga de pecadores! O Verbo conjuga metáforas, parábolas, hipérboles, trocadilhos... E o Outro Ajudador convida às visões, aos sonhos e às outras línguas Anotaram o Logos em pergaminho Os tradutores traduziram E a imprensa acorrentou Cartesianizaram e o sistematizaram Saturaram as Escrituras até não mais poder Crucificaram a Palavra Assassinaram a imaginação... ... E a Palavra à beira do caminho Espera um novo dizer Parceiros de quimera Contadores de histórias Poetas, profetas, utópicos e loucos Corações alados que descolem as Sagradas Letras Para lerem as Sagradas Imagens.

Se quiserem descobrir um novo sabor ao ler a Bíblia, leiam este texto do Elienai Júnior.

A IMAGINAÇÃO DIVINA Tão logo aconteceu, ainda nos primeiros instantes do ofício de pregador, desdenhei do que entendia como uma distração, ou superficialidade de muitos de meus ouvintes. Após um longo (e chato?) sermão, marcado por uma construção cuidadosa de conceitos, desembocando em uma conclusão bem assentada, ficavam apenas, como marcas distintivas, ou as comparações, ou as histórias ilustrativas, ou poesias, ou citações de filmes, ou músicas, utilizados como coadjuvantes do grande conceito. O brilho afetivo da poesia ofuscava levianamente a importância moral das asserções. Hoje, menos ocupado em me auto-afirmar, descrente da relação entre o que digo e o que sou, rendo-me. As pessoas não pensam através de conceitos. Pensam através de imagens. Palavra boa é palavra imaginada. (leiam o restante desde texto no blog www.elienaijr.wordpress.com)

MISSÃO COM CARA DE OMISSÃO

A grande maioria dos evangélicos pensa a evangelização em termos de proselitismo. Evangelizar para muitos protestantes é converter o outro, o diferente, a cultura à sua cosmovisão religiosa; fazer missão é tornar o não evangélico em evangélico, convencer aquele que está “do lado de lá” a vir para o “lado de cá” sob pena de ir para o inferno. Para muitos crentes a motivação de levar as boas novas é para que Deus não lhes cobre o sangue dos “condenados”! Todas as conseqüências que podemos imaginar a partir disso podem levar o nome de intolerância. Jesus anda por outros caminhos da missão. Evangelizar para Jesus não é um processo de aculturação; não é uma tarefa para ajuntar adeptos em torno de si; missão para Jesus não é conceder um passaporte para o céu. Em alguns casos Cristo age de maneira intrigante. Para o moço geraseno Cristo diz “não precisa me seguir, vai para a sua casa”. Aqueles que foram curados pelo Mestre ouviram dele “não conte a ninguém o que lhe aconteceu”. Ao encontrar p