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Mostrando postagens de maio, 2007

UM OUTRO OLHAR PARA ADORAÇÃO

Toda confusão com relação à natureza e caráter do louvor e da adoração, na igreja evangélica brasileira, acontece por desvios teológicos. Intenções mercadológicas, sedução pelo poder, espírito messiânico, a cultura do “control c”, as letras desconectadas da vida e/ou egocêntricas, apelo forte às emoções têm origem em interpretações equivocadas das Escrituras (ou na má fé, descaradamente!). Percebo que, principalmente nos ambientes pentecostais, há muita resistência à reflexão, à razão, como se o uso da inteligência e intuição fosse prática demoníaca. Devido a isso temos vários movimentos de louvor e adoração sem fundamento e consistência, levados muito mais pelos sentimentos e sensações, do que pela Verdade do Evangelho. Vemos uma geração mais interessada em sentir a presença de Deus do que em obedecer à sua voz. O exercício do conhecimento na adoração é imprescindível. Lembremos do que Jesus disse à mulher samaritana: “Vocês, samaritanos, adoram o que não conhecem ; nós adoramos o que

HORIZONTES - Uma poesia de Fernando Pessoa

Ó mar anterior a nós, teus medos Tinham coral e praias e arvoredos. Desvendadas a noite e a cerração, As tormentas passadas e o mistério, Abria em flor o Longe, e o Sul sidério Splendia sobre as naus da iniciação Linha severa da longínqua costa - Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta Em árvores onde o Longe nada tinha; Mais perto, abre-se a terra em sons e cores: E, no desembarcar, há aves, flores, Onde era só, de longe a abstrata linha. O sonho é ver as formas invisíveis Da distância imprecisa, e, com sensíveis Movimentos da esperança e da vontade, Buscar na linha fria do horizonte A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte - Os beijos merecidos da Verdade.